Frente ao expressivo aumento de casos de dengue, nos últimos 15 dias, em Sabará, na tarde dessa quarta-feira (10/1), o Comitê de Arboviroses, em parceria com o Conselho Municipal de Saúde (CMS) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES), promoveu uma reunião em que foram discutidas medidas preventivas de combate à doença e elaborado um plano abrangente de enfrentamento, que mobiliza diferentes secretarias municipais, conforme as atividades planejadas para cada cenário epidemiológico.

Segundo o comitê, visando lidar proativamente com a ascensão prevista para fevereiro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificará suas atividades, incluindo visitas domiciliares e comerciais diárias, feitas pelos agentes de endemias. Durante a ação, eles irão mapear lugares estratégicos, órgãos públicos e focos frequentes, a fim de adotar medidas de prevenção às arboviroses.

Além das visitas, serão realizados mutirões na cidade, para que sejam feitos o recolhimento de pneus, garrafas plásticas, latas, copos, entre outros materiais; o tratamento das caixas d’água; e a verificação de calhas, ralos, vasos de plantas e demais pontos identificados. Os locais serão tratados com larvicida e inseticida, quando necessário. Os mutirões semanais acontecerão de acordo à evolução epidemiológica, identificada na semana anterior, com foco especial nos períodos de sazonalidade.

Em 2023, uma nova medida de combate às arboviroses foi adotada no município – a instalação de ovitrampas, armadilhas que tem como objetivo melhorar a vigilância da infestação dos mosquitos do gênero Aedes aegypti.

As ovitrampas simulam o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti. Um vaso de planta preto é preenchido com uma mistura de água e levedo de cerveja, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, são inseridas uma palheta de madeira (Eucatex), que facilita a colocação dos ovos da fêmea do Aedes. Desta forma, os agentes de endemias conseguem observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos naquela região e, assim, acelerar as ações de combate ao vetor, sem que o inseto se desenvolva.

A cada semana, a palheta de madeira é substituída e o material recolhido é enviado para laboratório, para contagem dos ovos. Pela quantidade de ovos ou ausência deles, a Prefeitura consegue comprovar se há fêmeas com foco no raio de nove quarteirões da armadilha, gerando gráficos e mapas para aplicação das medidas de controle.

Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Mariana Nunes, a participação da população é fundamental no combate às arboviroses. “É necessário que todos se conscientizem e evitem o acúmulo de lixo em ruas, terrenos e quintais, uma vez que a maioria dos focos da dengue é intradomiciliar. A Prefeitura de Sabará vem demonstrando um compromisso vigoroso no enfrentamento à doença, mas é preciso que todo o conjunto da sociedade também faça sua parte, pois, somente, com uma colaboração coletiva, venceremos o Aedes aegypti”, destacou.