Atrativos Turísticos
Bairro Pompéu
No fundo de um vale, às margens da Estrada Real, o pequeno vilarejo guarda um clima ameno, uma natureza exuberante e uma culinária deliciosa. Em 1997, deu-se início a um evento gastronômico, a partir de uma folha muito encontrada na região, o ora-pro-nobis, que é acompanhado normalmente de costelinha, frango ou marreco, uma verdadeira jóia da comida mineira.
Com mais de 14 mil hectares de área preservada e várias nascentes de água cristalina, a vegetação densa esconde trilhas e ruínas da Estrada Real e o mar de montanhas revela a grande beleza natural da região, própria para a prática de caminhadas, escaladas, passeios de bicicleta e a cavalo.
Capela de Santo Antônio do Pompéu
Foi erguida no antigo arraial, fundado por Antonio do Pompéu, antes de 1731. Possui altar-mor da primeira fase do Barroco Mineiro, semelhante ao da Capela do Ó e a alguns dos altares laterais da igreja da Matriz, residindo aí o grande contraste com a simplicidade. O adro é cercado por um muro baixo de pedra e contém em sua parte externa, o cemitério e sineira com suporte de madeira. A capela-mor tem o forro em painéis, com pinturas relativas aos milagres de Santo Antônio, nos anos de 1227. A visitação deve ser agendada.
Arraial Velho de Sant’ana
Pequeno vilarejo às margens da Estrada Real conserva um ambiente tipicamente interiorano e pitoresco. A singular capelinha de Sant’ana, a Fazenda dos Cristais, as ruínas e muros em pedra caracterizam o antigo arraial, um dos primeiros a se formar em Sabará. A região também possui trilhas e algumas cachoeiras (de propriedade particular) que podem ser visitadas a partir de contato prévio. Pela manhã ou no fim de tarde, através de agendamento, o visitante pode degustar um delicioso “Café Colonial” e sentir a boa receptividade da comunidade.
Capela de Sant’Ana
Situada no Arraial Velho, datação provável de 1747. Possui altar-mor no estilo da segunda fase do Barroco em Minas. Possui revestimento interno em pedra de canga à vista. Manuel de Borba Gato foi o primeiro a encontrar ouro nas margens do rio das Velhas e manteve, por muitos anos, lavra no Arraial Velho de Sant’Ana. No adro, o sino traz a inscrição 1759. Na parte interna o retábulo tem talha no estilo D.João V. Predominam os tons claros. O coroamento do retábulo é em dossel, com figuras de anjos, distinguindo-se interessante configuração da Santíssima Trindade (figuras do Pai, do Filho e a do Espírito Santo), sem haver contato entre as três figuras.
A visitação deve ser agendada.
Centro Histórico
Sabará possui, hoje, alguns trechos históricos preservados, especialmente no centro da cidade, na Rua Pedro II, antiga Rua Direita, onde ainda encontramos alguns casarões especialmente do século XIX. Possui também um dos mais notáveis acervos de igrejas setecentistas de Minas e vários antigos chafarizes.
Capela de Nossa Senhora do Ó
Datada de 1717, é considerada uma das mais ricas representações do barroco em Minas. De fachada singela, seu interior chama a atenção pela riqueza da talha, da primeira fase do barroco, estilo Nacional Português. Apresenta influência chinesa na arquitetura e na decoração interna. O culto celebrado ao som das antífonas precedidas da expressão “’Ó…”, originou a devoção a Nossa Senhora do Ó.
Casa da Ópera – Teatro Municipal
É o segundo teatro mais antigo do Brasil, em funcionamento. Tem em suas linhas arquitetônicas a influência dos teatros ingleses do reinado de Elizabeth I, por isso é conhecido também como Teatro Elizabetano. O primeiro prédio foi construído antes de 1771 e funcionou até por volta de 1783. A segunda Casa da Ópera foi inaugurada em 02 de junho de 1819, durante as festas do nascimento da “Princesa da Beira”, Dona Maria da Glória, de Portugal. Nele, atuaram as grandes companhias artísticas da época. A Casa recebeu as visitas dos imperadores Dom Pedro I (1831) e Dom Pedro II (1881). Sua arquitetura interna tem influência italiana, com disposição dos camarotes em três galerias. Possui excelente acústica e encontra-se em plena atividade cultural.
Casa de Câmara e Cadeia
Trata-se do segundo prédio da antiga Câmara e Cadeia, que funcionou de 1892 a 1924. A primeira casa foi demolida no final do século XIX e o prédio atual mantém as características arquitetônicas básicas. O belíssimo e amplo salão na parte superior abriga hoje o acervo da Biblioteca Pública Municipal.
Chafariz do Kaquende
De uma nascente do Morro de São Francisco vem a água límpida que abastece o mais famoso chafariz de Sabará, que desde 1757 abastece a cidade. Seus construtores foram João Duarte e José de Souza. Possui fachada com vestígios das armas portuguesas, arrancadas do monumento por ocasião da independência. Não se sabe ao certo a origem da palavra Kaquende, se seria portuguesa, africana ou indígena. Em língua tupi-guarani significaria “água cristalina que dali brota” e em língua africana, “jovem forte e valoroso”. Reza a tradição que aquele que bebe de sua água sempre volta a Sabará. Até hoje, a fonte mata a sede da comunidade e visitantes que por ela passam.
Conjunto Arquitetônico da Rua Dom Pedro II
A antiga Rua Direita, mais importante artéria da Vila do Sabará, possui um conjunto arquitetônico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Destacam-se entre as edificações, o Solar do Padre Correia, a Casa Azul, o Sobrado de Dona Sofia e a Casa da Ópera (Teatro Municipal).
Igreja de São Francisco
Templo de 1781, pertencente à Arquiconfraria do Cordão de São Francisco dos Homens Pardos. Erigida em louvor à padroeira dos franciscanos, Nossa Senhora Rainha dos Anjos, cuja imagem se encontra no altar-mor. Antes de sua construção existia no local uma “tosca” capelinha em madeira dedicada à N.Sra. Rainha dos Anjos, da qual São Francisco era devoto. Sua construção, feita em alvenaria de pedra, data do final do séc. XVIII e início do XIX. Em seu interior o piso e o teto são forrados de tábuas, onde ostenta uma pintura de Nossa Senhora com os anjos e os quatro evangelistas, além de peças imaginárias como o Senhor Morto, São Francisco de Assis, a Senhora Rainha dos Anjos, além dos Santos de Roca na sacristia. Única na cidade com sala-consistório, sacristia na parte posterior, tribuna na capela-mór e púlpitos no arco-cruzeiro, além da maior altura interna na nave.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Inaugurada em 1710, possui uma das mais exuberantes talhas da arte barroca mineira, sendo considerada uma das mais ricas matrizes do século XVIII. A igreja apresenta três naves, o que a diferencia das demais matrizes mineiras. Possui ainda os altares laterais, púlpitos de fina elaboração, pinturas de qualidade e influência oriental. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Sabará é uma das mais antigas igrejas do estado de Minas Gerais, rivalizando em antiguidade com a matriz de Raposos e a Sé de Mariana. Está situada na parte baixa da cidade, ou seja, na autêntica parte velha que hoje na realidade, tem aspecto mais novo do que a região central de Sabará. É popularmente chamada de igreja nova ou grande, tradição que vem desde a época da sua construção em substituição a capela primitiva existente no mesmo local. Sua construção está ligada ao esforço do padre José de Queirós Coimbra que foi seu vigário por mais de meio século.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Construção de 1763, administrada pela Ordem Terceira do Carmo (Ordem dos Homens Brancos), a igreja é um dos palcos mais espetaculares da arte e da genialidade de Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho, ao lado de outros artistas como Francisco Vieira Servas, Joaquim Gonçalves da Rocha e Thiago Moreira. Templo característico da terceira fase do barroco mineiro e do estilo Rococó, tombada pelo IPHAN, merecendo destaque o conjunto do Coro, a grade de Jacarandá torneado e a fachada.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Construção iniciada em 1768 pela Irmandade dos Homens Pretos da Barra do Sabará, revela a fé e força do negro africano. Os escravos decidiram construir sua própria igreja, mas a decadência das minas de ouro não permitiu que fosse concluída. A obra, iniciada em 1768, foi abandonada com a abolição da escravatura, em 1888. Trata-se de um importante testemunho dos métodos construtivos da época. Sua arquitetura apresenta detalhes das três etapas distintas de sua construção. Possui, em uma das sacristias, o Museu de Arte Sacra com peças dos séculos XVII e XVIII. Quem vê as ruínas da igreja não imagina o que há escondido por trás das grandes paredes de pedra sem reboco, a céu aberto. A muralha, porém, protege uma antiga capela de taipa, de 1713. Na sacristia funciona o Museu de Arte Sacra, com imagens e crucifixos dos séculos 18 e 19.
Museu do Ouro
O prédio do museu é um autêntico exemplar da rude arquitetura colonial brasileira do século XVIII (1713). Foi a Antiga Casa de Intendência e Fundição (única construção com estas características ainda de pé no Brasil), tendo funcionado durante algum tempo como colégio. Possui exposição permanente de peças do mobiliário e arte sacra no pavimento superior, que serviu de residência para o Intendente. O térreo é calçado com pedras redondas e guarda peças relacionadas à extração, processo de fundição, cunhagem e controle do ouro. O Intendente era um funcionário a serviço do rei, com a difícil função de combater o contrabando e recolher os pesados impostos. Todo o processo desenvolvido na Casa de Fundição dá uma dimensão do que foi o Ciclo do Ouro em Minas. A abundância do metal amarelo facilitava a infração às rígidas normas. O ouro só podia ser comercializado em barras, cunhado com o selo real na Casa de Fundição, que aproveitava para recolher os impostos. Transformado em museu, atualmente é administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e possui arquivo histórico instalado no sobrado denominado Casa Borba Gato.
Solar do Padre Correia
Construção imponente de 1773, do rico e influente Padre José Correia da Silva, possui sala-capela interna com talha da terceira fase do barroco mineiros, escadaria trabalhada em jacarandá, painéis decorativos nos salões do piso inferior e pátio interno em estilo de fazenda. Atualmente funciona como as instalações das Secretarias Municipais de Cultura e de Turismo da Prefeitura Municipal de Sabará.
Distrito de Ravena
Arraial da Lapa era a denominação primitiva do povoado, designado também por Arraial de Nossa Senhora da Lapa. Não se tem documentação precisa acerca de suas origens, mas sabe-se que, em 1738, já possuía Companhia de Ordenança (guarda oficial da vila), nomeada pela Câmara de Sabará. Foi elevado à Paróquia em 1855, com título de Nossa Senhora da Assunção. Em 1943, teve seu nome alterado para Ravena, em homenagem ao Frei Luiz de Ravena.
Atualmente, o Arraial de Ravena possui um ambiente tranqüilo, tipicamente rural. A produção da banana e seus derivados movimentam parte da economia local. O artesanato feito da palha da bananeira também é uma tradição no vilarejo.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção
A Capela de N.Sra. da Lapa, também com data de construção incerta, possui registro de batismo de 1727. A matriz de Ravena é depositária de inestimável tesouro barroco. O prédio é da primeira metade do século XVIII. Passou por várias modificações até chegar à configuração atual. A decoração interna não foi concluída, mas apresenta algumas preciosidades. Por volta de 1855, foi elevada à condição de Matriz, sob a invocação de Nossa Senhora da Lapa, passando a ser chamada de Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção. A visitação deve ser agendada.
Capela de Nossa Senhora do Rosário
A fachada desta capela, com uma torre central, lembra muito a igreja de N.Sra. do ó. Não existem documentos que comprovem a data de sua construção. Supõe-se que tenha ocorrido após 1839. Apresenta características do Rococó. A tradição oral de Ravena diz que a capela substituiu uma antiga, dedicada a São Francisco. Se for verdade é possível que a data 1813, na fachada da capela, seja alusiva à primitiva construção. A visitação deve ser agendada.