CULTURA: SÉRIE DE LEITURA COLETIVA DE OBRAS DE MACHADO DE ASSIS INICIA NO DIA 29 FEVEREIRO

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Com apoio da Prefeitura de Sabará, a Academia de Ciências e Letras de Sabará (ACLS) iniciará, no dia 29 de fevereiro (quinta-feira), às 19h, no Solar do Padre Correia (Rua Dom Pedro II, nº 200, Centro), uma série de leitura coletiva de dois livros de Machado de Assis: “Casa Velha” – pequena novela de 1886, e “A mão e a Luva”, seu breve segundo romance, de 1874. A atividade literária é gratuita e os interessados em participar devem retirar o ingresso na plataforma Sympla no endereço eletrônico – https://www.sympla.com.br/leitura-coletiva-machado-de-assis__2344393.

A leitura coletiva dos dois clássicos da literatura brasileira acontecerá em seis encontros que serão baseados em debates sobre capítulos pré-determinados, que deverão ser lidos antes de cada reunião. As discussões serão mediadas pelo escritor, professor e presidente da academia, Bernardo Lopes.

Os encontros serão nos dias 29/2 (apresentação e orientações), 14/3 (discussão “Casa Velha”: capítulos I a V), 21/3 (discussão “Casa Velha”: capítulos VI a X), 11/4 (discussão “A Mão e a Luva”: capítulos I a VI), 18/4 (discussão “A Mão e a Luva”: capítulos VII a XII) e 25/4 (discussão “A Mão e a Luva”: capítulos XIII a XIX e encerramento). A série acontecerá sempre às 19h, no Solar do Padre Correia.

Casa Velha

“Casa Velha” foi primeiro publicado em folhetim, de 1885 a 1886, entre os lançamentos de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Quincas Borba” (os dois primeiros romances do que é considerado a “segunda fase” da produção de Machado). Por muitos anos, porém, “Casa Velha” não foi listado entre a obra principal do autor, mas, após ter seus capítulos recuperados e angariados, em 1944, pela crítica literária Lúcia Miguel Pereira, foi finalmente lançado em formato de livro, postumamente. Esta novela ou brevíssimo romance conta a história dos jovens Félix e Lalau. Ele, herdeiro de uma aristocrática casa nos arredores do Rio de Janeiro. Ela, uma agregada da família, criada pela mãe de Félix, Dona Antônia, desde o falecimento precoce de sua mãe. Na chamada Casa Velha do título, os dois cresceram e, também, se apaixonaram, mas Dona Antônia, apesar do carinho por Lalau, não admite que seu filho se case com alguém de uma classe social inferior. Quem narra os eventos do livro é um jovem cônego, hospedado na Casa Velha, para se dedicar a uma pesquisa na ampla biblioteca do falecido marido da matriarca. Quando menos se espera, o religioso — e também o leitor — está imbricado numa trama de manipulação da qual será difícil se safar.

A Mão e a Luva

“A Mão e a Luva” faz parte do que é considerado a “primeira fase” de Machado de Assis. É, portanto, tido como uma obra mais romântica — mas nem tanto. Ali mesmo, o autor já brincava com os paradigmas literários da época (vamos debater isso nas reuniões). A história gira em torno de Guiomar, vinda de família pobre, mas amadrinhada por uma dedicada baronesa rica, tornando-se uma moça cobiçada nesse pequeno círculo da sociedade carioca. Entre os principais pretendentes de Guiomar estão o sobrinho de sua madrinha, Jorge, o frágil e emocionado Estevão, e o melhor amigo de Estevão, o assertivo e ambicioso Luís Alves. A narrativa acompanha as idas e vindas das tentativas de aproximação dos rapazes a Guiomar, enquanto ela avalia qual deles é a melhor opção com que se casar.

Os livros “Casa Velha” e “A Mão e a Luva” estão disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal de Sabará e em outras bibliotecas públicas e comunitárias. As obras já estão em domínio público e, também, podem ser facilmente encontradas para download, leitura online gratuitamente e para compra.

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